Atlético-MG tropeça em casa e empate contra o Vitória evidencia limitações do elenco
No Mineirão, o Atlético-MG protagonizou mais um capítulo de frustração neste início de Campeonato Brasileiro. Com 32 finalizações e muita insistência, o Galo arrancou um empate por 2 a 2 diante do Vitória, pela 3ª jornada do Brasileirão 2025 — mas o resultado está longe de ser animador.
Jandira Correia Fernandes
4/14/20251 min read
A ausência de vitórias e a dificuldade para superar adversários teoricamente mais frágeis ligam o alerta: o elenco é curto e os problemas são profundos.
No jogo deste domingo, o roteiro foi repetitivo e preocupante. A equipa mineira precisou correr atrás do prejuízo duas vezes, após falhas defensivas e pouca efetividade ofensiva. Os golos de Fausto Vera e Igor Gomes salvaram um ponto, mas não a atuação. E, mais do que isso, expuseram com nitidez os desafios enfrentados por Cuca.
Sem Lyanco, suspenso, o treinador promoveu a estreia do jovem zagueiro Ivan Román, de apenas 18 anos. No meio-campo, Fausto Vera assumiu a vaga de Alan Franco, lesionado. Já no ataque, o time tentou explorar o lado esquerdo com Cuello, Arana e Rubens, criando boas tabelas, mas pouco perigo real. Hulk e Rony circulavam, mas não conseguiam furar o bloqueio baiano. Scarpa, por sua vez, mais uma vez esteve apagado.
O Vitória, bem postado, apostava nos contra-ataques. E foi assim que abriu o placar, no início da segunda etapa, numa falha de marcação em escanteio que permitiu a Lucas Halter cabecear livre. A resposta atleticana veio rápido, com Fausto Vera igualando o marcador após pressão intensa.
Mas a ousadia ofensiva cobrou o seu preço. O Galo se lançou ao ataque, deu espaços e viu Matheusinho recolocar o Vitória em vantagem, novamente aproveitando o lado direito da defesa mineira. Igor Gomes, já nos minutos finais, evitou o pior, empatando mais uma vez — mas a vitória, essa, continua a escapar.
Na entrevista após a partida, Cuca foi direto: admitiu que algumas peças estão abaixo do que se espera e voltou a lamentar a limitação do elenco. A diretoria corre contra o tempo para reforçar o plantel, mas enquanto isso, o Galo segue sem vencer no Brasileirão — e com a paciência da torcida cada vez mais curta.
Resumo do drama alvinegro: muita posse, pouca eficiência, buracos defensivos e um banco que oferece poucas soluções. Se não houver respostas rápidas, o início de campeonato pode virar crise.