PPM Rompe com Aliança Democrática e Reivindica Exclusividade da Sigla

O líder do Partido Popular Monárquico (PPM), Gonçalo da Câmara Pereira, anunciou esta sexta-feira o fim da coligação Aliança Democrática (AD), que unia o PPM ao PSD e ao CDS-PP. O dirigente monárquico garante que a sigla não pode ser utilizada sem a participação dos três partidos.

Jandira F

3/27/20252 min read

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A Aliança Democrática venceu as legislativas de 10 de março de 2024 por uma margem de 50 mil votos sobre o PS, mas a saída do PPM marca o fim da união original entre os três partidos.

O líder do Partido Popular Monárquico (PPM), Gonçalo da Câmara Pereira, anunciou esta sexta-feira o fim da coligação Aliança Democrática (AD), que unia o PPM ao PSD e ao CDS-PP. O dirigente monárquico garante que a sigla não pode ser utilizada sem a participação dos três partidos.

"As promessas que nos fizeram não foram cumpridas, por isso seguimos sozinhos. Não temos problemas nem complexos", afirmou Gonçalo da Câmara Pereira, sublinhando que a AD "sempre foi uma sigla vencedora" e que o seu uso exclusivo por PSD e CDS-PP "seria uma injustiça e um engano para o eleitorado".

PPM Avança com Candidaturas Próprias

Apesar da rutura com a coligação, o PPM apresentará listas próprias nas eleições legislativas. O partido pretendia assegurar um lugar elegível no Parlamento, tendo defendido a inclusão de um candidato na 14.ª posição da lista por Lisboa. "A partir daí, seria um risco", justificou o líder monárquico.

Segundo Gonçalo da Câmara Pereira, também foram consideradas outras opções, desde que garantissem representação parlamentar. Recordou ainda que, nas legislativas de 2024, o PPM ficou na 19.ª posição da lista, o que já era visto como uma posição não elegível.

O dirigente do PPM criticou ainda a política ecológica dos últimos governos, defendendo que a coligação não deu espaço ao partido para abordar estas questões. "Fala-se muito de ambiente e ecologia, mas sem conhecimento real do que se passa", lamentou.

PSD e CDS-PP Mantêm Coligação sem o PPM

Na quarta-feira, o Conselho Nacional do CDS-PP aprovou uma proposta para manter a coligação com o PSD nas legislativas, abrangendo os círculos do continente, Madeira e emigração. O PPM apenas integraria a coligação nos Açores.