Tensões entre EUA e Groenlândia aumentam após visita de delegação norte-americana
A visita de uma delegação dos EUA à Groenlândia gerou tensões, com o governo local considerando-a "altamente agressiva". A presença de autoridades estratégicas levantou suspeitas sobre o interesse norte-americano nos recursos minerais da região. O governo Trump defendeu a viagem, mas aumentaram as preocupações na Groenlândia e Dinamarca.
Jandira Fernandes
3/15/20251 min read
A recente visita de uma delegação dos Estados Unidos à Groenlândia gerou um novo atrito diplomático entre Washington e o governo local. O primeiro-ministro groenlandês, Mute Egede, classificou a presença da comitiva como uma ação "altamente agressiva", considerando o histórico de interesse dos EUA em incorporar a ilha ao seu território.
Entre os membros da delegação estavam Usha Vance, esposa do vice-presidente norte-americano J.D. Vance, o conselheiro de Segurança Nacional Michael Waltz e o secretário de Energia, Chris Wright. A inclusão de figuras estratégicas, como Waltz e Wright, levantou preocupações sobre as reais intenções da visita, especialmente devido à relevância geopolítica e aos recursos minerais abundantes da região.
Egede questionou a presença do conselheiro de Segurança Nacional na missão, alegando que se tratava de uma demonstração de força por parte dos EUA. O governo Trump defendeu a viagem como uma oportunidade para estreitar laços culturais com a Groenlândia, mas a movimentação reacendeu receios tanto na ilha quanto na Dinamarca, país ao qual o território está vinculado.
A Groenlândia, localizada entre o Atlântico Norte e o Oceano Ártico, tem sido alvo de interesses estratégicos dos EUA, principalmente devido à sua posição geográfica e às reservas minerais. A visita ocorre em um momento de crescente preocupação internacional sobre a possível ampliação da influência norte-americana na região