Zelensky apoia cessar-fogo parcial no Mar Negro após acordo entre Rússia e Ucrânia

Os EUA anunciaram um acordo entre Rússia e Ucrânia para uma trégua parcial no Mar Negro, garantindo a segurança da navegação e a proteção de infraestruturas energéticas. No entanto, a Rússia condiciona a implementação do cessar-fogo ao levantamento de sanções sobre seu setor agrícola.

Jandira Fernandes

3/26/20251 min read

Os Estados Unidos anunciaram um acordo entre Rússia e Ucrânia para uma trégua parcial no Mar Negro, fruto de negociações realizadas na Arábia Saudita. O compromisso envolve garantir a segurança da navegação, evitar o uso de força na região e impedir que embarcações comerciais sejam usadas para fins militares.

Além disso, ambas as nações concordaram em trabalhar para proteger infraestruturas energéticas, conforme proposto pelos EUA, que se comprometeram a continuar facilitando o diálogo em busca de uma solução pacífica. Washington também reafirmou o seu empenho na troca de prisioneiros de guerra, na libertação de civis detidos e no retorno de crianças ucranianas deportadas para a Rússia.

No âmbito do acordo, os EUA ofereceram ajuda para restaurar o acesso da Rússia ao mercado global de exportação agrícola e de fertilizantes, reduzindo custos de seguros marítimos e facilitando transações financeiras.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou apoio ao cessar-fogo parcial, mas alertou que ainda é cedo para avaliar sua efetividade. Ele também destacou a importância da supervisão internacional para garantir o cumprimento do pacto.

Por outro lado, a Rússia condicionou a implementação total da trégua ao levantamento das sanções ocidentais sobre o setor agrícola, incluindo a reconexão do banco Rosselkhozbank ao sistema SWIFT e o desbloqueio do comércio de cereais e fertilizantes. Segundo o Kremlin, o acordo só será efetivado após essas restrições serem removidas.

Os comunicados sobre a trégua foram divulgados após intensas negociações entre representantes dos EUA e da Rússia em Riade, que duraram mais de 12 horas, e após encontros prévios entre Washington e Kiev, descritos por Zelensky como produtivos.